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segunda-feira, 6 de junho de 2022

Luciano Hang patrocinou musical ‘Bem Sertanejo’ com R$ 800 mil via Rouanet

Apesar de crítico à lei de incentivo, o empresário disse que ele e Bolsonaro não são ‘contra dispositivos criados para ajudar empresas e a classe artística’
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apesar de ser grande crítico da Lei Rouanet, o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das Lojas Havan, patrocinou duas temporadas do espetáculo musical “Bem Sertanejo”, por meio da lei de incentivo.

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, em 2016 a montagem contou com R$ 300 mil de apoio da empresa via Rouanet. Em 2018, a Havan voltou a usar o mecanismo e investiu mais R$ 500 mil para financiar a terceira temporada do musical, também por meio da lei de incentivo.

Ainda segundo a publicação, Luciano Hang colocou mais de R$ 24 milhões em projetos cadastrados na Rouanet, através dos quais sua empresa pôde abater parte do valor no imposto de renda.

Estrelado por Michel Teló, “Bem Sertanejo” teve quatro temporadas e deve voltar ao teatro ainda este ano, com apresentações previstas para agosto e setembro em São Paulo. Segundo a coluna, o espetáculo captou mais de R$ 28 milhões através da Rouanet, também com apoio de outras empresas como Bradesco, Raízen, Bridgestone e PagSeguro.

Questionado pela coluna, Luciano Hang defendeu o patrocínio. “Não era para o Michel Teló, e sim para os cantores, dançarinos e artistas. A cultura é isso, é preciso fomentar o desenvolvimento. O musical contava a história de toda a música sertaneja”, disse o empresário.

“Gostaria de deixar bem claro que nem o presidente Bolsonaro nem eu somos contra dispositivos criados para ajudar empresas e a classe artística”, acrescentou, apesar de ele e o presidente serem críticos da Lei Rouanet já terem atacados artistas por supostamente receberem “mamata” por meio da lei de incentivo.

“Ajudar um artista não é pecado. Emprestar dinheiro do BNDES não é pecado. O problema é dar dinheiro sempre para os mesmos”, argumentou o empresário bolsonarista, segundo o qual, nos governos petistas os mecanismos de fomento serviam “ajudar os amigos do rei”.

“Não foram os sertanejos que ganharam mais dinheiro na época do PT. Eles são procurados pelas prefeituras para fazer shows. Enquanto isso, na música popular brasileira, esses artistas que criticam o governo procuram o governo para ganhar verba. É diferente. O Gusttavo Lima nunca ganhou dinheiro da Lei Rouanet porque não precisa, mas os caras que estão fora de moda precisam buscar o dinheiro do governo, porque eles não têm como se sustentar se não têm plateia”, disse Hang, citando os recentes escândalos envolvendo cachês milionários pagos por prefeituras pelo país.

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