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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Aposentadoria de servidores federais com Bolsonaro superam período de Lula e Dilma

Foto: Igor Estrela/Metrópoles
As aposentadorias de servidores púbicos federais dispararam nos três primeiros anos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e superaram o registrado durante o mesmo período dos mandatos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

De 2019 até o fim do ano passado, 62,7 mil funcionários da União se aposentaram. Nos três primeiros anos do governo Dilma (2011-2013), foram 48,3 mil. No início da era Lula (2003-2005), 30,6 mil servidores deixaram os quadros do funcionalismo.

O panorama faz parte de levantamento do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, com base em dados do Painel de Estatística de Pessoal (PEP), plataforma do Ministério da Economia.

Segundo a publicação, a gestão bolsonarista só não ultrapassou a marca do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Durante os três primeiros anos da gestão do tucano (1995-1997), 87,7 mil servidores deixaram o trabalho. A título de curiosidade, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), no período de 2017 e 2018, 41,2 mil servidores se aposentaram.

Um dos fatores que pode ter alavancado os pedidos no decorrer da gestão FHC é a reforma administrativa aprovada para os servidores na época. Em 2019, a reforma da Previdência pode ter causado o mesmo efeito.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, avalia que a precarização do serviço público tem estimulado os servidores a deixarem o trabalho. “O que acontece é que o serviço público, com essa politica de arrocho e retirada de direitos, deixou de ser atrativo. Tudo isso faz com que o funcionalismo vá para casa”, reclama

Segundo o sindicalista, a cada 100 servidores que deixaram os quadros da União, somente 32 foram repostos. Atualmente, a União mantém 573 mil servidores ativos. “Se já está ruim, pouco a pouco a prestação de serviço vai entrar em catástrofe. Cada vez mais o serviço ficará precarizado para a população”, alerta.

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