No primeiro ano da pandemia de covid-19, esse tipo de atestado representava 3% do total
Foto: Divulgação/IBGE
Uma pesquisa realizada pela startup Closecare, focada em gestão de atestados médicos e saúde corporativa, mostra o cenário em torno do afastamento de profissionais do trabalho devido a problemas de saúde mental. A incidência desses atestados cresceu 30% desde 2020, sobretudo em empresas de atividades administrativas. O levantamento analisou cerca de 480 mil atestados cadastrados na plataforma entre janeiro de 2020 e abril de 2022, reunidos de 16 companhias que usam o serviço.
Os documentos entram no sistema pela importação de outras bases ou são cadastrados pelo responsável da empresa ou pelo próprio funcionário. As organizações são de setores e portes variados e foram considerados os atestados com a categoria F da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), referentes a transtornos mentais e comportamentais. Foram avaliados quadros específicos: episódios depressivos, ansiedade e estresse.
No primeiro ano da pandemia de covid-19, esse tipo de atestado representava 3% do total, passando para 3,5% no ano seguinte e 3,9% já nos primeiros meses deste ano. A análise observa que “apesar da baixa incidência, os atestados deste grupo oferecem um alto risco para as empresas e evidenciam a gravidade do problema para os funcionários”. De fato, as doenças psicoemocionais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil — que atingiu recorde de concessão de auxílio-doença em 2020 — e será a principal até 2030.
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