Um alerta para o Dia Mundial Sem Tabaco - 31 de maio
O tabagismo está associado a 50-70% dos casos de câncer de bexiga, segundo o INCA. Apesar dos homens serem os mais afetados, as mulheres morrem mais por conta do tumor.
Elas descobrem a doença tardiamente, em estágio mais avançado, porque os sintomas são confundidos com infecções urinárias, que costumam ser frequentes no público feminino. Geralmente, o câncer surge surge após os 55 anos de idade.
Dados atuais indicam que a chance de um homem apresentar câncer na bexiga durante a vida é de 3,8%, isto significa que um em cada 26 homens poderá desenvolver esta doença durante a vida. Para as mulheres este risco é de 1,2%, ou seja, uma em 87 mulheres terá este diagnóstico, contudo, a possibilidade de óbito é 30% maior na mulher do que no homem.
SINTOMAS: ardência no canal uretral, aumento da frequência urinária e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. É importante ressaltar que a apresentação clássica do câncer de bexiga é indolor e a presença de sangue na urina ocorre em 80% dos casos.
Outros fatores de risco são: envelhecimento, além de ambientes de trabalho por exposição a produtos químicos. Operários da indústria do ferro, alumínio, aço, indústria plástica, indústria química, metalúrgicos, corantes e couro, mineração, seringueiros, pintores, agricultores, cabeleireiros e motoristas apresentam maiores chances de desenvolver a doença.
Segundo o urologista Dr. Marcos Dall´Oglio, a presença de sangue na urina já indica a necessidade de realizar exame de cistoscopia para visualizar e biopsiar, descartar ou não o tumor de bexiga. O diagnóstico deve ser complementado. A extensão da doença é melhor avaliada com exames de imagem.
De acordo com o cirurgião, especialista em câncer urológico, na maioria dos pacientes (75% das vezes) a doença é descoberta no início, quando o tumor não apresenta invasão na camada muscular mais profunda. Nestes casos, a retirada é via uretral.
O médico alerta - a chance de recidiva do câncer é maior entre os fumantes e pessoas com problemas prévios de bexiga, como infecções crônicas. Em casos onde o tumor compromete as camadas mais profundas (músculo invasivo) é necessário tratamento mais agressivo como extração da bexiga, que apresenta maiores possibilidades de cura definitiva.
O cirurgião explica que é possível confecção de outro reservatório urinário usando parte do intestino do paciente, permitindo a preservação das funções urinária e sexual, evitando o uso da bolsa coletora que o paciente precisaria usar junto ao abdome. Também há o tratamento com preservação da bexiga, através da radioterapia e possíveis associações com quimioterapia, dependendo de cada caso.
Assista ao vídeo-release: https://youtu.be/VIgXpTQrayk
Conheça mais sobre o Dr. Marcos Dall´Oglio:Especialista em Oncologia Urológica
Membro Associações Americana e Européia de Urologia
Treinamento em Cirurgia Robótica na Harvard Medical School
Professor da USP
Professor de cirurgia robótica urológica na Santa Casa de Porto Alegre
https://drmarcosdalloglio.com.br/
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