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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Próximos a Bolsonaro, militares escapam de aperto salarial do funcionalismo

Em 2021, os fardados em serviço representaram gasto de R$ 34,6 milhões para os cofres públicos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apadrinhados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os militares brasileiros escaparam do aperto salarial aplicado sobre os gastos com o funcionalismo na gestão do capitão reformado do Exército, mostram dados do Tesouro Nacional.

De acordo com as informações, houve uma queda de 8,4% no dispêndio do Executivo com servidores civis da ativa de 2018, ano anterior à posse de Bolsonaro, para 2021. No mesmo período, o gasto com os inativos caiu 3,3%.

Os militares foram em mão inversa: os do serviço ativo custaram 5,7% a mais no período, enquanto os inativos mereceram um aumento no gasto federal de 4,2%.

Em 2021, os fardados em serviço representaram gasto de R$ 34,6 milhões para os cofres públicos, enquanto os civis na mesma condição geraram despesa de R$ 137,2 milhões. A diferença cai quando os grupos analisados são de aposentados e pensionistas: R$ 90,5 milhões para paisanos, R$ 56,1 milhões com pessoal da Defesa.

Quando são colocados valores nominais, a diferença na variação fica ainda maior. O grupo militar ativo viu o gasto do governo com ele subir 26,8%, enquanto o civil registrou um aumento de 9,9%. Nos inativos, 25,1% e 16,1%, respectivamente.

Foi decisiva para a boa situação relativa dos militares a reforma de carreira e da Previdência do setor, aprovada em 2019 pelo Congresso a partir de uma iniciativa do Ministério da Defesa. Sob o comando do então ministro Fernando Azevedo, a pasta aproveitou o capital político do primeiro ano do governo e obteve uma vitória, após quase duas décadas de demandas não atendidas.

Não houve, no período, uma mudança expressiva de contingente. O pessoal ativo flutua em torno de 360 mil homens, mais da metade no Exército. Servidores civis da ativa na folha de pagamento são 575 mil, outro número semelhante ao do fim de 2018.

A reforma sofreu críticas por favorecer mais militares de alta patente. Em alguns penduricalhos associados ao soldo básico, como o chamado adicional de disponibilidade, promoveu-se 5% de aumento para praças e até 32% nos escalões superiores.

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