Petista almeja pressionar o Congresso a abandonar a prática na próxima legislatura
Foto: Ricardo Stuckert/assessoria
Pré-candidato à Presidência da República, Lula (PT) pretende explorar o escândalo do chamado “orçamento secreto” para a campanha eleitoral de outubro.
Fontes revelaram à coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópole, que a medida visa pressionar o Congresso Nacional a abandonar esta prática na próxima legislatura.
Segundo a publicação, o tema foi debatido por Lula e deputados federais do PT durante uma reunião realizada na última terça-feira (12), em Brasília. Parlamentares presentes confidenciaram que o ex-presidente já tem até um plano de como abordar o assunto.
De acordo com os petistas, a ideia é convencer a população da necessidade de retomar grandes investimentos públicos, com capacidade de gerar empregos. Este modelo, segundo Lula, esbarra na lógica do “orçamento secreto”, pois boa parte dos recursos ficam comprometidos com as emendas parlamentares.
Segundo a coluna, o partido avalia que tais emendas têm sido utilizadas para bancar obras e benefícios “menores” nos municípios, o que leva a um resultado de menor geração de empregos.
“Ele [Lula] disse que é um absurdo essa história do orçamento secreto. Um absurdo não ter qualquer tipo de transparência, uma execução que ninguém sabe quem indicou, qual o critério do repasse”, disse à coluna o deputado Alexandre Padilha (PT-SP).
O “orçamento secreto” consiste nas emendas de relator, chamadas de RP-9. No governo Bolsonaro elas têm sido utilizadas pelo centrão para distribuir emendas a aliados, em troca de apoio político.
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