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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Pau-brasil com 7 metros de circunferência e mais de 500 anos é descoberto no sul da Bahia: ‘Maior do país’, diz botânico

Uma árvore Pau-Brasil com mais de 500 anos e 7,13 metros de circunferência foi descoberta no assentamento Pau Brasil, na cidade de Itamaraju, sul da Bahia, às margens da BR-101. Segundo postagem do botânico Ricardo Cardim, que fez a medição da árvore, se trata do maior Pau Brasil do país.

A árvore foi descoberta em novembro. Antes desse registro, o botânico já havia catalogado, em 2018, outro Pau Brasil na mesma cidade, que até então era o maior do país. A árvore possuía 4, 30 metros de circunferência.

Um morador do assentamento, entretanto, falou com um guia turístico sobre esta outra árvore, que era ainda maior do que a registrada em 2018.

A equipe do botânico voltou ao local e confirmou a informação.

Em seu perfil nas redes sociais, o botânico comentou sobre a descoberta e disse que é raro encontrar um espécime com essa idade.

“Descobrimos o maior Pau-brasil do país! Uma árvore de proporções e aparente idade até então desconhecidas para a espécie. A árvore que batizou o país foi praticamente dizimada ao longo de cinco séculos de exploração predatória para produção de tintura vermelha e posteriormente arcos de violino. O pau-brasil desapareceu da Mata Atlântica, onde ocorre exclusivamente, e os poucos exemplares hoje sobreviventes são jovens e pequenos”, disse o Ricardo Cardim.

Expedição foi realizada em 22 de novembro — Foto: Cássio Vasconcellos/Arquivo pessoal
“Dia 22 de novembro último, nossa expedição registrou junto aos moradores locais uma enorme, quase o dobro da atual campeã, uma árvore de proporções inacreditáveis e que não existe registros conhecidos históricos ou atuais de maior. Esse pau-brasil gigante, com 7,13 metros de circunferência, tem possivelmente mais de 500 anos de vida e sobreviveu a destruição de 88% da Mata Atlântica”, acrescentou.


Segundo o botânico, trata-se de descoberta inédita. “Uma árvore única e extremamente ameaçada e vulnerável, que precisa ser conhecida e divulgada como patrimônio mundial”, concluiu na postagem. *G1

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