Carlos e os dois seguranças no plenário da Câmara de Vereadores do Rio: exceção (Imagem: DCM)
Tão preocupado com os destinos do Rio de Janeiro quanto seu pai com os territórios indígenas, Carlos Bolsonaro deu as caras na Câmara de Vereadores nesta semana.
Acuado desde que a polícia civil mencionou seu nome nas investigações do assassinato de Marielle e do motorista Ânderson – a última informação é de que teria desaparecido com um computador -, tem comparecido menos ao trabalho.
Em primeira votação, não passou: acabou retirado da pauta quando a bancada da bala notou que não seria possível contar com os 34 votos, ou dois terços do vereadores.
Além de personagem quase bissexto na Câmara (comparece para marcar presença nas sessões e um abraço), Carlos Bolsonaro tem o que se pode chamar de uma rotina estranha: não interage com praticamente ninguém, não toma água nem café servidos no local, tampouco utiliza o elevador – prefere subir e descer a pé os nove andares que separam o seu gabinete do térreo. Fonte DCM
Também não é chegado a seguir regras.
Uma delas implica numa desobediência regimental: a de que é proibida a presença de pessoas armadas em plenário.
Carluxo, que troca os seus seguranças todas as semanas, é uma exceção: por ser paranoico, bota para dentro seus dois guarda-costas que não desgrudam da figura nem quando vai ao banheiro.
Arrancar uma palavra de Carlos sobre o projeto do qual é um dos signatários é uma missão impossível – ele não fala com a imprensa e apagou suas contas nas redes sociais para baixar a poeira e tentar afastar-se do radar da polícia nas investigações sobre Marielle e Ânderson.
Enquanto isso, camelôs e artistas de rua, que na cidade do Rio de Janeiro são uma febre, se mobilizam contra o projeto de Lei – sabem que vai sobrar para eles.
Armaram campana na porta do palácio Pedro Ernesto e conseguiram o que queriam: adiar para a semana que vem, se possível para 2020, mais uma iniciativa de repressão e violência contra as populações vulneráveis. DCM
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