Redes Sociais
Após um especial natalino do Porta dos Fundos, que satiriza parte da vida de Jesus, estrear na Netflix, o bispo Dom Henrique Soares da Costa, natural da cidade de Junqueiro, no interior de Alagoas, usou as redes sociais para pedir que os cristãos cancelem a assinatura na plataforma de streaming.
O especial de natal do Porta dos Fundos, intitulado “A primeira Tentação de Cristo, tem 46 minutos e entrou no catálogo da Netflix na semana passada. O enredo se passa no aniversário de 30 anos de Jesus e satiriza seu retorno após 40 dias de jejum no deserto. Cadaminuto
No vídeo, interpretado por Gregório Duvivier, Jesus leva para casa um amigo, interpretado por Fábio Porchat, com quem vive um romance gay espantando José, Maria, os reis magos e até de Deus. A sátira já traz na sinopse que é “um especial de Natal tão errado que só podia ser do Porta dos Fundos”. No entanto, o filme tem gerado muita revolta entre grupos religiosos, gerando criticas diversas.
Para o bispo que nasceu em Alagoas, mas é diocesano na cidade de Palmares, em Pernambuco, a Netflix “deu um bofetão no rosto de todos os cristãos, cuspiu na nossa cara, zombando da nossa fé”. Ainda segundo o Dom Henrique Soares, o filme é blafemo, vulgar e desrespeitoso para com Deus e Jesus Cristo.
“Imaginem um filme debochado e desrespeitoso ao extremo com alguém a quem você ama – com o seu pai, com a sua mãe, com coisas que lhe são muito caras e definem e alicerçam a sua vida... Como reagir? O ideal seria uma ação judicial. Mas, com a desculpa de liberdade de expressão, todo lixo é permitido, todo sarcasmo para com a fé alheia e louvado, tudo quanto trinca e corrói os alicerces da nossa cultura e da nossa sociedade é reputado como avanço e progresso”, escreveu o bispo em seu perfil em uma rede social.
No texto, Dom Henrique Costa pede aos cristãos que aproveitem o Natal para proclamarem “seu amor, sua fé” e cancelem a assinatura na Netflix e que expliquem o motivo no menu apropriado. Ele diz ainda que, desta forma, estariam atingindo “essa gente naquilo que realmente lhe importa: o bolso”, pois, segundo o bispo, “o deus dessa turma é o dinheiro”.
“Se você não acredita que Jesus seja o Cristo de Deus, mas é um cidadão sensato, uma pessoa de bem, de visão ampla, reflita um pouco: para onde vai uma sociedade que desrespeita a religião e a sensibilidade das pessoas? Como construiremos um espaço de tolerância e respeito deste modo? É positivo zombar dos valores religiosos caros à grande maioria de uma sociedade, divertir-se fazendo chacota com realidades que são sagradas para muitos? A Netflix tinha o direito moral de fazê-lo? Se você acha isto um erro grave, peço-lhe que, mesmo não sendo crente, também cancele sua assinatura, em nome da saúde da nossa sociedade e da boa convivência entre os brasileiros! Cancele e diga o motivo: “falta de respeito pela religião dos demais”, diz um trecho do texto.
Em todo o país, nas redes sociais, religiosos, autoridades e entidades religiosas têm demostrado repudio ao filme do Porta dos Fundos. Uma petição online no site Change.org pede que a Netflix retire a série de seu acervo por “ofender gravemente os cristãos”. O requerimento já possui 300.000 assinaturas.
O Porta dos Fundos já foi criticado outras vezes por produzir vídeos com sátiras religiosas. O especial de Natal de 2018, que ironizava a Santa Ceia, ganhou um Emmy Internacional. Cadaminuto
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