Opera Mundi - O Instituto Nacional de Estatística da Espanha informou nesta terça-feira (17/07) que a emigração no país atingiu um novo recorde durante o primeiro semestre deste ano. Mais de 40 mil espanhóis abandonaram o país entre janeiro e junho deste ano em comparação aos 18 mil que emigraram no mesmo período em 2011, diz a pesquisa.
Apesar do aumento, o número de pessoas que saem da Espanha para viver em outros países ainda é muito maior entre estrangeiros que moram no país. Segundo o órgão, mais de 228 mil imigrantes se mudaram do país durante este período. No total, cerca de 270 mil pessoas deixaram o país neste ano.
Segundo a instituição, os principais destinos dos emigrantes espanhóis são Alemanhã, Reino Unido e França sendo que 97% da imigração europeia se deslocaram dentro do mesmo continente ou em direção à América Latina. Dos 128 mil espanhóis que emigraram do país entre 2010 e 2011, 60% se estabeleceram em algum país latino-americano, informou o INE no mês passado.
Em pesquisa de junho de 2012, o INE assegurou que cada vez mais jovens qualificados deixam a Espanha em busca de novas oportunidades de trabalho em outros países do continente ou na América Latina.
Enquanto isso, o número de imigrantes que entram na Espanha também diminuiu em 12%. Entre janeiro e junho de 2012, cerca de 180 mil estrangeiros chegaram ao país frente aos 203 mil do mesmo período no ano passado.
A Espanha possui, atualmente, o pior índice de desemprego (24,6%) da zona do euro seguida pela Grécia (21,9%). De acordo com dados divulgados neste mês, mais da metade da população (52,1%) com menos de 25 anos está desempregada.
Os resultados vêm na esteira de uma drástica política de austeridade anunciada na semana passada (11/07) pelo governo espanhol que pretende economizar 65 bilhões dos cofres públicos até 2014. Entre as medidas noticiadas, o governo vai aumentar o IVA, imposto aplicado em todos os produtos do mercado, e diminuir os gastos públicos.
Ao mais novo plano de austeridade se somam outras medidas adotadas pelo governo para reduzir o déficit público que continuam em vigor.
Em dezembro do ano passado, Rajoy aprovou plano de corte de 27 bilhões para 2012 enquanto que seu antecessor, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, economizou 18 bilhões em apenas dois anos.
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