por Leandro Aragão
Paulo Carneiro declarou em comunicado oficial que não vai renunciar ao cargo de presidente do Vitória. A divulgação da nota foi feita na noite desta sexta-feira (16), no site do clube. A resposta do mandatário foi direcionada ao ex-presidente Alexi Portela, que na última quarta (14), em entrevista ao programa BN Na Bola, da rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama, sugeriu que o dirigente deixasse a cadeira presidencial da agremiação (
lembre aqui). Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
"O Esporte Clube Vitória precisa do apoio leal de seus verdadeiros torcedores, não de atividade sórdidas de criar instabilidades para delas se beneficiar. O Clube precisa se livrar dessa parte obsoleta que trafega sob as sombras das iniquidades, na torcida de que a bola não entre para, mascarando seus propósitos declarados em camufladas reuniões, espalhar mentiras falsidades e leviandades de toda ordem", afirmou no comunicado.
Paulo Carneiro foi eleito presidente do Vitória em abril de 2019. Ele já havia comandado o clube o entre 1991 e 2005. Já Alexi Portela esteve à frente do Leão entre 2007 e 2013.
Leia o comunicado de Paulo Carneiro na íntegra:
"Tomei conhecimento de uma entrevista do ex-presidente Alexi Portela fazendo comentários e duras criticas a respeito da nossa gestão à frente do Vitória. E sobre essa entrevista, resolvi fazer esta nota para o nosso torcedor. Já que ele pede para eu renunciar, resolvi discorrer sobre a nossa gestão para fins de evidenciar as razões pelas quais não renuncio.
O Vitória vem atravessando um momento extremamente contraditório na sua existência. Desde que eu assumi em abril de 2019, a instituição já se apresentava com sérios problemas administrativos e financeiros, e com mais uma crise institucional. E se se fala em crise institucional, é porque mais um presidente eleito se afastava do seu comando, o quinto em 6 anos. Contudo, essa verdade não pode orgulhar ninguém. Mas é fato indiscutível que a nossa instituição adoeceu gravemente por essas questões políticas que nos afligem nos últimos anos.
Atualmente, outro aspecto vem causando nova instabilidade política ao Clube. Os resultados de campo são agora considerados em um patamar de importância que sequer se permite uma análise consciente dos atos praticados pela atual diretoria, assim como das intermináveis dificuldades que enfrentamos diariamente.
Lembro do livro do dirigente Ferran Soriano, do Barcelona, que todos deviam ler para entender a razão pela qual A BOLA NÃO ENTRA POR ACASO. Não há, nessas circunstâncias, qualquer preocupação com relação a esses aspectos. É como se a instituição, no exame de sua grandeza, se restringisse apenas na questão de a bola entrar ou não entrar. Temos o entendimento muito claro de que não acreditamos em time forte sem Clube forte.