No Dia do Homem, celebrado dia 15 de julho, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), criador da Campanha Novembro Azul, lança carta aberta aos gestores de saúde, parlamentares, agências reguladoras, operadoras de saúde e imprensa para cobrar ações efetivas em prol da saúde masculina no Brasil.
A ideia é mostrar o quanto ações propositivas e coordenadas entre o governo, a iniciativa privada e a sociedade civil também impactam positivamente a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde, público e privado.
Além disso, o instituto busca com a carta aberta que os homens tenham maior acesso, com equidade e qualidade de atendimento nas unidades de saúde e nos tratamentos disponíveis; políticas públicas e de educação que contribuam para a diminuição das mortes na juventude e o crescimento da consciência de cada homem sobre a importância de cuidar do seu corpo e de sua mente.
Dados importantes:
- Câncer de pênis ainda é tabu e é responsável por 1600 amputações do membro por ano, principalmente nas regiões Norte e Nordeste;
- Durante a pandemia de Covid-19, 1/5 dos homens deixaram de realizar consultas e exames, segundo pesquisa do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL);
- A saúde mental dos homens foi abalada pelo isolamento, sendo que 96% dos entrevistados apontaram terem pelo menos um sentimento negativo, como ansiedade, estresse ou desânimo.
- Câncer de pulmão e infarto acometem mais homens que mulheres no país.
CARTA ABERTA
O SALTO NECESSÁRIO PARA MUDAR A SAÚDE DOS HOMENS NO BRASIL
Aos gestores públicos e privados da área da saúde; dirigentes das agências reguladoras e operadoras de saúde; parlamentares e imprensa
As efemérides são recorrentes em nosso País para celebrar ou relembrar datas que marcaram a nossa história de 521 anos. Nem todos sabem que 15 de julho é uma dessas datas, que comemora o Dia Nacional do Homem no Brasil. Ao escolher o dia 15 de julho de 2021 para divulgar esta carta aberta, o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) quer ir além de uma manifestação pública dedicada aos homens. Queremos instigar, provocar e fazer um chamamento para juntos tomarmos atitudes e mudarmos estatísticas recorrentes e que em nada sugerem celebração.
Isso por que nos perguntamos: o que é ser homem no Brasil hoje? Por que tantos ainda morrem todos os anos sem acesso à saúde? Por que eles têm que viver em média, sete anos a menos que as mulheres? Por que temos que nos acostumar com as estatísticas?
Apontar o dedo, explicitar o que não vai bem ou o que está errado têm sido prática recorrente de movimentos da sociedade civil e de líderes de distintos segmentos da sociedade. Outras ações, como muitas que vimos durante a pandemia da Covid-19, mobilizaram a sociedade e contribuíram para resultados positivos. É isso o que pretendemos alcançar com esta carta aberta.
Como nosso nome diz, somos a instituição brasileira que atua Lado a Lado pela Vida. E neste 15 de julho de 2021, nossa chamada é para uma atuação conjunta, coordenada e propositiva em prol da vida de 48,2% da população brasileira, segundo o Censo de 2019: os homens. E por que fazer esse chamado?
Segundo o Ministério da Saúde (MS), homens realizam seis vezes menos exames preventivos do que as mulheres. Fumam mais, bebem maiores quantidades de álcool e têm hábitos mais sedentários, além de estarem mais expostos a riscos e negligenciarem sintomas de adoecimento. Ainda, de acordo com o Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, 70% das pessoas do sexo masculino que procuraram atendimento médico o fizeram por influência da esposa/companheira ou dos filhos.