Enquanto o brasileiro ainda vê os processos de aprovação de vacinas e a compra de lotes emperrados, no exterior, alguns privilegiados discutem qual vacina é a mais indicada para tomar.
Mesmo os Estados Unidos, que tiveram uma conduta pouca científica nos primeiros meses da pandemia, identificaram a necessidade de variar sua carteira de opções de vacinas e estão disponibilizando três opções para a população, os imunizantes da Pfizer, da Moderna e da Johnson & Johnson.
No Brasil, a Anvisa aprovou em caráter definitivo, no último dia 23, o uso da vacina da Pfizer em todo território nacional. A Coronavac e a vacina da Oxford/Aztrazeneca foram aprovadas em caráter emergencial.
Enquanto o brasileiro espera, ansioso, pela compra das doses para que o país possa sonhar novamente no dia em que tudo voltará ao normal, a médica americana e analista da CNN, Leana Wen, responde algumas perguntas sobre diferenças entre as vacinas e quais são as mais indicadas.
Quais as diferenças entre as vacinas da Pfizer, Moderna e da Johnson & Johnson (aprovadas pela FDA, nos Estados Unidos)? O que sabemos sobre elas, sua segurança e eficácia?
Dra. Leana Wen: As vacinas da Pfizer e Moderna (que foram autorizadas primeiro nos Estados Unidos, em dezembro) são semelhantes entre si no sentido de que ambas são desenvolvidas usando a plataforma de mRNA. A vacina Johnson & Johnson acaba de ser autorizada (nos Estados Unidos). Ela usa uma forma diferente de estimular uma resposta imunológica, com um vírus inativado. As vacinas Pfizer e Moderna requerem duas injeções. A Johnson & Johnson acaba de ser autorizada como vacina de dose única.
Todas as três vacinas têm perfis de segurança muito favoráveis, o que significa que foram todas atestadas como muito seguras quando aplicadas em dezenas de milhares de pessoas. Todas as três estão, virtualmente, com 100% de eficácia em ensaios clínicos quando o assunto é prevenção contra hospitalizações e mortes, que é o desfecho com o qual realmente nos importamos.