Por iG São Paulo
Organização Médicos Sem Fronteiras afirma que 13 pessoas morreram no bombardeio, incluindo 4 pessoas que trabalhavam no hospital e 5 crianças
Hospital em Millis tem sua estrutura quase completamente destruída após o bombardeio ocorrido no último sábado
Um bombardeio destruiu quase totalmente um hospital que atendia dezenas de milhares de pessoas de vilarejos no noroeste da Síria. De acordo com comunicado divulgado nesta segunda-feira (8) pela Organização Médicos Sem Fronteiras, diretamente ligada à instituição atingida, ao menos 13 pessoas morreram, incluindo cinco crianças e quatro funcionários do local. Ainda não se sabe quem foi responsável pelo ataque.
O hospital, bombardeado no sábado (6), fica no vilarejo de Millis, localizado na Província de Idlib, área amplamente disputada por grupos extremistas como o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra – que lutam pelos territórios contra as forças do governo da Síria.
A Rússia, que apoia a ditadura de Bashar al-Assad e realiza séries de ataques na região de conflitos, já foi acusada pelos EUA e seus aliados de bombardear hospital da organização na província.
70 mil pessoas privadas de atendimento
De acordo com a organização que promove o intercâmbio de médicos e profissionais de saúde a áreas em situações de emergência, o hospital atacado atendia uma população total de 70 mil pessoas em Millis e nos vilarejos de seu entorno.
Organização Médicos Sem Fronteiras afirma que uma média de 250 pacientes eram atendidos por dia no local
"O bombardeio deliberado de outro hospital na Síria é ultrajante”, lamentou a dra. Silvia Dallatomasina, gestora médica das operações da MSF no noroeste da Síria. A organização tem seis instalações médicas no norte do país e apoia mais de 150 em todo o território sírio.