A corrupção faz com que o Brasil perca anualmente cerca de R$ 200 bilhões em recursos públicos e para combatê-la o País ainda precisa avançar muito, pois apenas 3% desse montante são recuperados. Esta foi uma das revelações feitas em Cascavel pelo procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador do MPF na Operação Lava Jato. As informações são d’O Paraná.
Dallagnol destacou as dez medidas de combate à corrupção propostas recentemente. “É uma série de projetos de lei apartidários, que têm por foco mexer nas condições que hoje favorecem a corrupção no Brasil. Nós queremos mexer nas causas, naquilo que serve de base para a corrupção e faz com que ela exista ao longo de nossa história, seja qual for o partido do poder”, afirmou.
Segundo Dallagnol, não serão pessoas específicas e nem a mudança de partido no poder que irão extinguir a corrupção. “Nós vamos mudar como Brasil no momento em que a sociedade assumir as redias do seu destino. Temos que nos organizar como sociedade civil e trazer para nós as mudanças que esperamos há tanto tempo”, ressaltou.
Uma frente de 200 deputados avaliou as propostas e a expectativa é que elas sejam votadas pela Câmara dos Deputados em 9 de dezembro, Dia Internacional de Combate à Corrupção.
Deltan Dallagnol também falou das dificuldades enfrentadas na Operação Lava Jato “Ela dependeu de uma série de fatores altamente improváveis, que concorreram para que ela desse certo. É um ponto fora da curva de impunidade em nosso sistema. É algo excepcional”, sintetizou.
“O grande ponto não é o quanto falta. Sabemos o suficiente, temos inúmeras provas de uma corrupção sistêmica que atinge os governos federal, estadual e municipal, alastrada no Brasil. Precisamos saber o que podemos fazer para que isso pare de acontecer”, ponderou. (foto: MPF)
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