Serviço de aprendizagem industrial disponibiliza um total de 6,5 mil vagas em 10 cidades baianas; saiba como concorrer
Até a próxima segunda-feira, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial na Bahia (Senai Bahia) estará recebendo inscrições para estudantes de baixa renda interessados em uma das 610 bolsas de estudo gratuitas para cursos técnicos oferecidos pela instituição. Além destas vagas, a instituição ainda vai inscrever até o próximo dia 30 interessados em ocupar uma das 6,5 mi vagas em cursos pagos. Para participar da seleção, os interessados devem se inscrever em https://www.tecnicosenai.com.br/cursos/. Conteúdo: Correio
“Nós temos vagas que se enquadram em todos os perfis de alunos. Aqueles que não tiverem condições de pagar podem tentar uma de nossas bolsas e os que puderem terão acesso a condições acessíveis para estudar numa das melhores instituições em sua área de atuação”, explicou Patrícia Evangelista, gerente executiva de Educação Profissional do Senai Bahia, durante a sua participação no programa Política & Economia, apresentado pelo jornalista Donaldson Gomes.
Para tentar uma das 610 vagas destinadas a candidatos de baixa renda é necessário que o aluno esteja pelo menos no segundo ano do Ensino Médio e tenha realizado o Enem em um dos últimos seis anos. Além disso, é preciso ter tirado uma nota superior a 500 pontos no exame nacional. “Essa também é uma missão nossa, dar oportunidade a pessoas de baixa renda com um bom histórico escolar”, explicou a gerente do Senai Bahia.
Patrícia Evangelista encoraja os candidatos que não se enquadrem nas vagas destinadas à baixa renda a buscarem oportunidade no Senai. Segundo ela, há um déficit de profissionais com formação técnica no mercado e estudar nesta área pode abrir uma série de oportunidades de carreira. A pesquisa que o Senai Bahia realiza com egressos dos cursos técnicos depois de um ano de formados indica que os ex-alunos têm uma empregabilidade de 70%, conta Patrícia. “A cada dez alunos nossos que se formam, sete estão no mercado de trabalho após um ano”, conta.
“A gente tem contato com muitas empresas industriais e também com outras de recrutamento e seleção e sempre ouvimos ‘a gente têm vagas e precisamos de pessoas especializadas’. É importante que as pessoas percebam que depois da educação básica elas podem fazer duas escolhas, uma vai para o ensino superior, mas tem outra que leva para a formação profissional”, aponta. “É essa visão que a gente precisa ter da educação profissional”, acredita.
Embora não seja tão comum no Brasil, em muitos países a formação profissional faz parte do processo educacional dos estudantes, diz Patrícia. “Nós precisamos valorizar a formação profissional no nosso país. A gente tem uma estatística que aponta menos de 10% das pessoas que saem do ensino médio passam por uma formação profissional, enquanto em outros países desenvolvidos ultrapassa os 50%, chegando aos 70% ou 80% em alguns”, compara. “A gente precisa valorizar a formação como um caminho de oportunidade”.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) tem três linhas principais de atuação na Bahia, com a educação profissional; o ensino superior, através do Cimatec, também com pesquisa, desenvolvimento e inovação; e na prestação de serviços para a Indústria
“Atuamos com educação profissional em todo o estado, através de 21 unidades espalhadas por diversos municípios, nas principais regiões”, explica Patrícia Evangelista. Além das unidades instaladas, o Senai atua também através de unidades móveis, que se deslocam de acordo com as demandas do setor produtivo.
Na educação profissional, o Senai oferece as mais diversas oportunidades, desde os cursos de curta duração, que permitem conhecer uma profissão, passando por uma qualificação com mais de 160 horas, que já dão uma formação profissional. Além disso, o serviço oferece ainda os cursos técnicos, que habilitam os profissionais numa determinada área, e também os cursos pós-técnicos. “Tem pessoas que já têm uma formação profissional e querem um aperfeiçoamento num curso de curta duração, também é possível fazer”, diz. “Temos várias possibilidades para ajudar na melhoria da formação profissional”.
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