Advogado do também ex-secretário do DF disse que silêncio nesta quarta-feira (18) se deveu a falta de acesso aos autos pela defesa
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Preso no sábado (14), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres se manteve em silêncio em depoimento na Polícia Federal, promovido na manhã desta quarta-feira (14). O procedimento teve início às 10h30. A PF fez perguntas a Torres, acusado de ter sido omisso e, com isso, contribuído para o resultado dos atos antidemocráticos do dia 8, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados por radicais que não aceitam o resultado das eleições.
Até aquele domingo, Anderson Torres era o secretário de Segurança Pública do DF, mas o ex-ministro estava fora do país, em viagem de férias tiradas com menos de uma semana no cargo.
Advogado do ex-ministro e ex-secretário, Rodrigo Roca disse ao site Metrópoles que o cliente ficou calado durante o depoimento porque a defesa não teve acesso aos autos do processo. Delegados da PF e o advogado foram ao 4º Batalhão de Polícia Militar (Guará), onde o ex-ministro está preso, para realizar o depoimento.
No depoimento, Torres também foi questionado sobre a minuta do golpe – texto de um decreto que não chegou a ser editado criando um Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral para reavaliar os números da eleição, embora essa medida não tenha previsão legal.
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