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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Pantanal renasce após recorde de queimadas

 Veja foto da onça pintada!
Esta onça pintada foi flagrada passando por uma das áreas mais atingidas pelos incêndios no Pantanal 
— Foto: Reprodução
A natureza é prova de resistência e recuperação! O Pantanal, que teve um aumento de quase 26% de incêndios históricos e trágicos em 2022 fechou o ano com redução recorde de queimadas, está renascendo. Por Renata Giraldi / SNB - Com informações do MidiaHoje

As lentes flagraram uma onça pintada passeando por uma das áreas mais atingidas pelos incêndios que causaram destruição por dois anos seguidos.

Em agosto de 2021, o fogo no entorno da cidade de Corumbá (Mato Grosso do Sul) destruiu tudo e assustou os moradores. Um ano e meio depois, está tudo verde! A vegetação conseguiu renascer, mesmo sem a cheia, apenas com as chuvas.

Manejo Integrado
Os pesquisadores definem esta recuperação de Manejo Integrado do Fogo que consiste no controle das queimadas e a adoção de medidas de prevenção e de combate aos incêndios feitos numa ação coordenada.

“Quando se queima nessa época da transição chuvosa para seca, essa vegetação rebrota, ela se torna verde. Floresce, frutifica”, afirmou o analista ambiental do ICMBIo (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Christian Berlink.

Em seguida, o especialista acrescentou que: “Ela não vai ter o combustível suficiente para propagar um incêndio de alta intensidade. Então a fauna pode ir para essas regiões como zonas de refúgio, para se abrigar da passagem do fogo”.

Histórico
Em 2022, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a região do Pantanal sul-mato-grossense teve cerca de 134 mil hectares queimados. Esse território equivale a 470 vezes a área do Parque dos Poderes, na Capital, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem 285 hectares.

Em 2022, foram registrados pouco mais de 1,6 mil focos de calor registrados pelo Inpe. Uma queda de 80% em relação ao ano anterior. Foi o segundo ano com menor incidência de queimadas, ficando atrás apenas de 2014. Os dados são analisados desde 1998.

“Temos que considerar que as distâncias no Pantanal são muito grandes. As condições logísticas são difíceis”, disse o especialista em conservação do WWF-Brasil, Osvaldo Barassi Gajardo.

Para Gajardo, as equipes estão preparadas para uma primeira resposta, o que faz uma “diferença muito grande” em que um incêndio florestal se transforme em um incêndio de grandes proporções.

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