Pedido foi apresentado pela varejista nesta quinta-feira, oito dias depois da divulgação de rombo de R$ 20 bi na contabilidade
Foto: Americanas/divulgação
O juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deferiu o pedido para a rede varejista Americanas entrar em recuperação judicial. Além disso, para garantir a isonomia à coletividade de credores, o magistrado determinou que seja suspenso prosseguimento de cláusulas de vencimento antecipado de dívidas.
Aceita a recuperação judicial, a companhia continua operando seus negócios, incluindo repactuações com fornecedores e com instituições financeiras.No pedido de RJ, a companhia alega que sua posição de caixa caiu para R$ 800 milhões e depois para R$ 250 milhões em virtude de ações dos bancos com bloqueio dos recursos. A varejista requer, na Justiça, que estes valores sejam devolvidos para a companhia continuar operando.
A negociação para se fechar o acordo de recuperação promete ser tensa. Trata-se da quarta maior recuperação da história brasileira em valores, atingindo R$ 43 bilhões.
Sócios principais, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – da 3 G – aceitam injetar R$ 6 bilhões e renegociar o restante. Principais credores, os bancos querem que os acionistas de referência coloquem ao menos R$ 15 bilhões para começar a negociar. É possível que o trio de bilionário entre os recursos para manter a rede funcionando.
Em sua decisão, o juiz alega que “trata-se de uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país, não só por conta do seu passivo, mas por toda a repercussão de mercado que a situação de crise das requerentes vem provocando”. Com informações do Estado de S. Paulo e da CNN Brasil.
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