Ex-CEO Sérgio Rial, que assumiu na semana passada, deixou o cargo após detectar problemas na contabilidade
Foto: assessoria/Americanas
Depois de subir até a cotação de R$ 12 na primeira semana do ano, a rede Americanas teve queda no valor dos seus papeis de 75%. Nesta quinta-feira (12), as ações da varejista foram negociados a R$ 3. O tombo gigante tem a mesma origem da queda do ex-diretor-presidente Sérgio Rial, que renunciou após assumir no último dia 2. O executivo descobriu débitos de R$ 20 bilhões não relatados no balanço contábil da rede.
Em comunicado ao mercado, a rede afirmou que os R$ 20 bilhões em aberto referem-se à data 30 de setembro. “Neste momento, não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia”, admitiu a companhia, que terá situação mais delicada se for provada uma ação dolosa.
A crise nas Americanas resultou também na saída do diretor de Relações com Investidores, André Covre. Ambos serão substituídos por João Guerra. Rial e Covre devem continuar a colaborar com a empresa.
Em coletiva nesta quinta, Rial explicou que o valor em aberto foi citado no campo dos fornecedores e não na dívida ativa da companhia, que tem patrimônio estimado em R$ 14 bilhões. Segundo Rial, os problemas na contabilidade são frequentes há pelo menos quatro anos. O Conselho de Administração criou um comitê independente para apurar as circunstâncias dos problemas na contabilidade. Com informações da CNN Brasil e do iG.
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