Magazine Luiza (MGLU3): especialistas veem exagero em tese de quebra, citada por Barsi
Analistas ouvidos pelo BP Money comentaram a fala de Luiz Barsi sobre a possível “quebra” de grandes varejistas brasileiras
por Juliano Passaro
De estrela da bolsa de valores de São Paulo (B3) à coadjuvante, em pouco mais de um ano, o Magazine Luiza (MGLU3) acumula uma desvalorização de aproximadamente 88% nos últimos 12 meses. Há cerca de um mês, em entrevista a um podcast do YouTube, o megainvestidor brasileiro Luiz Barsi afirmou que o Magalu "um dia vai quebrar". Além disso, na internet, usuários debocharam de um vídeo de Luiza Trajano pedindo "por favor" para que os clientes fossem às lojas. De acordo com especialistas ouvidos pelo BP Money, dizer que o Magalu pode falir é “muito extremo”, já que a empresa – apesar do momento – apresenta números sólidos.
“Eu acho que isso é muito extremo [quebra do Magalu]. O Magalu é uma empresa redonda. O setor está passando por dificuldades, mas ela consegue gerar caixa. No limite, acho que pode haver um movimento de consolidação, onde uma empresa maior compra a Via ou o Magalu”, afirmou Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos.
Para Komura, o setor de varejo em que o Magalu atua é muito dependente do segmento de eletrodomésticos – que sofre com a atual conjuntura econômica. O especialista destaca que o segmento vendeu bem durante a pandemia, mas não tende a ir tão bem daqui pra frente, já que esses produtos não são primeira opção dos consumidores, dado o momento de inflação alta e menor poder de compra da população. Mesmo considerando a grande importância desse segmento para o Magalu, dizer que a varejista “vai quebrar”, como afirmou Barsi, é algo longe da realidade da empresa hoje.
“E essa queda de 86% [das ações do Magazine Luiza na bolsa] é uma correção. Com os preços atuais, os múltiplos da empresa começam a fazer mais sentido. Ainda acho que as ações estão caras, dado que a empresa não tem uma vantagem competitiva clara em relação aos competidores, mas fazem mais sentido”, afirmou Komura.
O analista da Guide Investimentos, Rodrigo Crespi, destaca que a possibilidade de falência da empresa no médio prazo é algo praticamente impossível, já que a companhia não tem um endividamento grande, e apresenta bons números, com uma recuperação em partes de seu balanço. Leia tudo AQUI
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