Educadores estão dando frutas, verduras, arroz, feijão escondidos, da merenda escolar, para matar a fome dos alunos em casa
- Fotos: arquivo pessoal
Claro que a fome jamais será notícia boa, mas a empatia e a solidariedade sempre serão! Nesta crise sem precedentes, alunos carentes estão conseguindo levar escondido para casa a merenda servida nas escolas públicas. E fazem isso com a ajuda de profissionais de educação. Eles explicam que, apesar de ser proibido, estão liberando a comida por uma “razão humanitária”. Por Monique de Carvalho / SNB
São profissionais ajudando famílias que vivem em situação de pobreza extrema, de vulnerabilidade, para que essas pessoas tenham uma refeição diária garantida durante esse período de crise financeira e desemprego. Para algumas famílias abraçadas pelos educadores, o alimento que chega da escola é o único sustento que pais e filhos terão naquele dia.
“A gente faz o que não pode fazer: chama as crianças fora do horário e dá merenda para elas levarem para casa. Às vezes, a própria família vem aqui pedir comida, como uma mãe que me disse: ‘o desespero me fez perder a vergonha — estou com fome’“, contou, Maria* – nome fictício – diretora de uma escola pública em São Paulo.
Ela explicou que a realidade é, muitas vezes difícil de ser encarada e que vai muito além das letras da lei e das normas.
Para a liberação da merenda, os profissionais criaram uma verdadeira rede de apoio formada por merendeiras, professores, coordenadores e diretores pedagógicos. Eles detectam os casos mais críticos de famílias com insegurança alimentar e traçam uma estratégia pontual para ajudar.
Causa justa
Especialistas dizem que permitir que as merendas sejam consumidas pelas famílias é, em tese, uma prática irregular, porque o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é voltado exclusivamente à nutrição dos estudantes. Mais no sonoticiaboa
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