'O foco é na transparência eleitoral, é fazer com que uma vez acabando eleições ninguém duvide da mesma', disse o presidente
Foto: Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro reafirmou que realizará uma ‘apresentação técnica’ sobre as urnas eletrônicas no encontro com embaixadores previsto para esta segunda (18), um encontro que amplia a tensão entre o executivo e o judiciário às portas das eleições, marcadas para outubro.
Durante uma conversa com com jornalistas na entrada do Palácio do Alvorada, o mandatário confirmou a presença de 40 embaixadores na reunião , que é vista como uma resposta de Bolsonaro ao encontro de junho do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, com os representantes estrangeiros e mais um capítulo da crise entre o Planalto e o TSE.
Na resposta sobre o encontro, Bolsonaro citou a decisão de Fachin de não aceitar o convite para participar da reunião. “Na condição de quem preside o tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”, diz trecho do ofício do ministro.
Segundo o presidente, o ministro “não levou em conta que quem trata da política externa é o presidente da República de acordo com a Constituição”.
O presidente também disse ter ficado incomodado com o encontro de Fachin com representantes das embaixadas. “Lógico que incomodou, até pelo teor do que foi tratado que não vou falar aqui.”
Sobre o que vai apresentar aos embaixadores, Bolsonaro afirmou que fará uma “apresentação técnica” e que não fará suposições sobre as urnas. “O foco é na transparência eleitoral, é fazer com que uma vez acabando eleições ninguém duvide da mesma, e o perdedor imediatamente ligue para ganhador, essa é que é a ideia.”
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