'O comentário objeto da presente representação se tratou de mera piada, ou seja, chiste', diz a defesa do parlamentar
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
A defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) alegou que o parlamentar fez uma ‘piada’ quando debochou da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão durante a ditadura militar. O filho do presidente Jair Bolsonaro responde a uma ação protocolada no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro pelos comentários contra a jornalista. As informações são do blog do Noblat, na Metrópoles.
Em abril, Eduardo reproduziu um artigo de Míriam, no qual ela argumentava não ser possível tratar como iguais Lula e Bolsonaro, um “um inimigo confesso da democracia”. No post, ele adicionou o comentário: “ainda com pena da cobra (representada por um desenho)”. Era uma referência ao fato de a jornalista, durante sua prisão pelo regime, ter sido exposta numa cela ao lado de uma cobra.
Mas o deputado não viu maldade, quebra de decoro ou ofensa à jornalista. Sua defesa, apresentada pela advogada Karina Kufa, sequer cita que a referência tem a ver com o regime de exceção que atingiu o Brasil entre 1964 a 1985. Diz ter se tratado de uma resposta “jocosa”, uma “piada” ao comentário de Míriam.
“O comentário objeto da presente representação se tratou de mera piada, ou seja, chiste…Por ter tido a intenção de jocosidade que o representado (Eduardo) jamais teve a intenção de incitar ou realizar apologia à tortura” – argumentou a defesa do parlamentar.
A defesa de Eduardo Bolsonaro diz ainda que se tratou de de um “comentário inofensivo quanto um ato político”.
Quatro partidos – PSol, PT, REde e PCddoB – entraram com a ação contra o deputado. O presidente do Conselho de Ética, Paulo Azi (União-BA), escolheu como o relator desse caso Hiran Gonçalves (PP-RR), um deputado do Centrão e aliado do Palácio do Planalto.
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