Além de simulações de fuzilamento e ameaças de estupro, Míriam foi torturada com cães pastores alemães e uma cobra jiboia
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foi duramente criticado nas redes sociais, na noite deste domingo (3), após ironizar a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, com uma cobra, na época da ditadura militar. Através do Twitter, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) debochou da jornalista ao compartilhar uma notícia divulgada por ela.
“Ainda com pena da cobra”, escreveu Eduardo ao compartilhar uma notícia onde Míriam afirma que o “erro da terceira via é tratar Lula e Bolsonaro como iguais”, já que, segundo ela, “Bolsonaro é inimigo confesso da democracia”.
Segundo relatos da própria jornalista, ela foi presa em Vitória (ES), no final de 1972, com o seu então companheiro, Marcelo Netto. Opositores do regime instaurado em 1964, eles passaram por diversas sessões de tortura no período em que ficaram presos pela ditadura.
A jornalista já narrou o período em que passou numa unidade do Exército no Espírito Santo. Além de simulações de fuzilamento e ameaças de estupro, Míriam foi torturada com cães pastores alemães e uma cobra jiboia, que foi colocada numa sala escura com ela após a jornalista ser despida pelos militares. Míriam, à época, estava grávida de seu primeiro filho.
Ainda com pena da … pic.twitter.com/4DLVBtIPZI
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) April 3, 2022
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