A vacina contra chikungunya é segura e gera reposta imune de 96%, revela ensaio fase 3
- Foto do mosquito transmissor Aedes aegypti: André Lucas Almeida / Futura Press / Veja
A vacina contra chikungunya – produzida pelo em parceria entre o Instituto Butantan e a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva – é segura e gera reposta imune de 96%.
O ensaio clínico de fase 3 da vacina (VLA1553) mostra ainda que a imunidade dela é duradoura e as reações adversas são mínimas.
A doença infecciosa causada pelo vírus Chikungunya que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente. Por Jéssica Souza / SNB
Seis meses
A vacina indicou resultados positivos, com resposta imune e manutenção da produção de anticorpos em 96,3% dos participantes em um período de seis meses.
Realizada nos Estados Unidos, a pesquisa contou com 4.115 homens e mulheres acima de 18 anos.
“Entregar pela primeira vez os resultados finais de fase 3 de uma vacina contra chikungunya significa que estamos um passo mais próximos de solucionar uma importante e crescente ameaça de saúde pública”, afirma Juan Carlos Jaramillo, chefe médico da Valneva.
A segurança
O estudo também aponta que o imunizante é seguro.
A avaliação de segurança foi feita com 3.082 voluntários e a maior parte das reações adversas foram leves a moderadas.
Cerca de 50% dos participantes apresentaram reações sistêmicas como dor de cabeça, fadiga e dor no local da injeção, que se resolveram em poucos dias.
Apenas 2% dos participantes reportaram efeitos mais severos, sendo febre o mais comum.
A imunogenicidade e segurança da vacina já haviam sido atestadas em ensaios clínicos de fase 1 e 2 em 2018, feitos com 120 pessoas de 18 a 45 anos que nunca tiveram contato com o vírus chikungunya. Após 14 dias da dose única, houve 100% de soroconversão e os anticorpos foram mantidos após um ano, sem registro de reações adversas graves.
Testes no Brasil
Ensaios clínicos do imunizante contra a chikungunya também estão sendo realizados no Brasil para avaliar a eficácia da vacina em uma região endêmica da doença.
O estudo terá duração de 15 meses e será feito com 750 voluntários, todos adolescentes de 12 a 17 anos.
“Os dados trazem uma confiança maior de que estamos no caminho certo e teremos uma vacina em breve”, diz Tiago Rocca, gerente de parcerias estratégicas e novos negócios do Instituto Butantan. Com informações da Veja
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