Dra. Thayssa Quaglietta, psicóloga do Hospital de Clínicas do Ingá lembra que a campanha é essencial para alertar sobre a saúde mental dos pacientes dentro das unidades hospitalares
Para vivermos em uma sociedade mais agradável e compreensiva, todos precisam cuidar da saúde da mente. O Janeiro Branco é uma campanha nacional importante criada pelo psicólogo mineiro Leandro Abrahão, em 2014. Seu objetivo é chamar atenção das pessoas para questões emocionais e psicológicas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções.
“Estamos no janeiro branco, o mês destinado a falar sobre esse assunto tão necessário e que diz respeito a todos os seres humanos. Nossa existência depende do equilíbrio entre mente e corpo. Todos nós devemos ter hábitos de cuidados com a nossa saúde mental para a promoção de uma qualidade de vida, assim como também para a prevenção de doenças, explica Dra. Thayssa Quaglietta, psicóloga do Hospital de Clínicas do Ingá.
Diariamente, vivenciamos uma série de emoções, boas ou ruins, mas que fazem parte da vida. E se as pessoas que vivem o dia a dia já sentem o peso emocional devido a alguma questão ou problema a ser resolvido, imagine quando se está dentro de um hospital.
Dessa forma, o Hospital de Clínicas do Ingá vem aplicando junto ao setor de psicologia, o atendimento psicológico destinado aos pacientes, principalmente como forma de minimizar o impacto causado pela situação de enfermidade e muitas vezes de internação para tratar de uma doença grave.
“Como gestora de psicologia do HCI, considero como primazia a oferta de suporte psicológico aos nossos pacientes, pois é indubitável o quanto uma situação de enfermidade provoca impacto na saúde mental das pessoas. A assistência psicológica prioriza a escuta ativa, o acolhimento e a validação da autonomia e identidade dos pacientes, dando voz a eles e às suas emoções, sentimentos e necessidades, considerando-as como legítimas e direcionadoras dos cuidados”, explica Thayssa.
A especialista lembra que o papel do psicólogo hospitalar é reunir técnicas e ferramentas múltiplas de modo a aplicá-las sistematicamente a fim de minimizar os atravessamentos do sofrimento do paciente e seus familiares ante ao processo de hospitalização.
“É imperativo olhar para a pessoa em sua totalidade, isto é, considerando os aspectos psicológicos, biológicos, sociais e espirituais, percebendo-a como sujeito ativo no seu processo de tratamento e recuperação. Quando as pessoas se sentem protagonistas de sua própria saúde, ocorre maior adesão ao tratamento e conscientização nas tomadas de decisão, a responsabilidade passa a ser compartilhada com mais fluidez e os resultados tendem a serem mais satisfatórios”, explica a psicóloga.
Thayssa complementa que é importante desenvolver em nossa sociedade, um 'olhar a mais' para a saúde mental, gerando conscientização e combatendo tabus.
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