Por Cézar Feitoza e Diego Amorim
A disputa entre governo e Congresso pelo controle de parte considerável do Orçamento de 2020 é o capítulo mais recente do ‘toma lá, dá cá’ instituído pelo grupo de influência de Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, em Brasília. O ANTAGONISTA
O Antagonista descobriu que, no apagar das luzes de 2019, esses parlamentares arrancaram do Executivo um total de R$ 3,8 bilhões em créditos suplementares enviados para o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), então comandado por Gustavo Canuto.
Alocado em PLNs e aprovado numa série de rápidas votações, esse dinheiro já saiu do MDR carimbado por caciques partidários em convênios direcionados a atender interesses paroquiais, como revitalização de praças, pavimentação de ruas e construção de pontes.
Por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI) e cruzando com dados do Portal da Transparência, a reportagem conseguiu identificar o destino final desses recursos, que não são contabilizados entre as chamadas emendas impositivas.
Importante ressaltar que esses R$ 3,8 bilhões, empenhados entre 11 e 31 de dezembro, perfazem 92% do total do orçamento extraordinário do MDR em 2019.
Também importa dizer que esses convênios foram negociados diretamente no ministério pelo grupo de líderes partidários ligados preferencialmente a Alcolumbre – sem critério conhecido e em detrimento da maioria dos parlamentares.
Nos próximos posts, O Antagonista revelará quais foram os principais estados e municípios beneficiados com esses bilhões, que certamente terão grande impacto nas eleições municipais de outubro.
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