Foto: Ajay Verma/Reuters
Cinco homens atearam fogo em uma mulher na Índia nesta quinta-feira, 5. A jovem de 23 anos, cujo nome não é revelado, ia prestar depoimento em um caso no qual acusa dois homens — que estão dentre aqueles cinco — de tê-la estuprado.
O crime ocorreu na cidade de Unnao, no norte do país, a 500 quilômetros da capital Nova Délhi. A mulher está sendo hospitalizada em uma cidade vizinha, Lucknow, e se encontra em estado crítico, com pelo menos 70% do corpo queimado.
Mas o número pode ser de até 90%, segundo a revista indiana India Today. O policial Suvendra Kumar Bhagat afirmou à agência de notícias francesa AFP que todos os cinco homens envolvidos foram detidos e estão sendo questionados. Dentre eles, dois são processados pela vítima por estupro. Os dois homens teriam sido motivados por “vingança”, afirma Bhagat.
Segundo relata o jornal britânico The Guardian, a vítima teria sido pedida em casamento por um dos homens, com quem tinha um relacionamento há um ano, e que abusava dela fisicamente e a estuprou com um outro amigo em dezembro de 2018 em Unnao. A Índia tem sido palco de uma série de casos de feminicídio desde o final de novembro.
No dia 27 de novembro, o corpo de uma mulher foi encontrado em Hyderabad, no centro sul do país. A veterinária de 26 anos foi vítima de um estupro coletivo, sendo morta por asfixia, teve o corpo queimado e deixado debaixo de uma ponte. Protestos tomaram as ruas do país por pelo menos três dias seguidos para reforçar a indignação popular ao estupro e assassinato da jovem. Segundo o Guardian, “dias depois” do caso em Hyderabad, uma adolescente também foi vítima de estupro coletivo e, depois, morta e queimada no estado de Bihar, no nordeste da Índia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário