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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Mais da metade das grávidas do Nordeste têm dúvidas sobre mitos da amamentação

Pesquisa aplicada pelo IBOPE Conecta, a pedido de Pfizer e Nestlé, mostra que 61% das gestantes do Nordeste[1] têm dúvidas sobre a influência de mitos, como o consumo de canjica, na produção do leite materno

Não é à toa que as gestantes ficam tão preocupadas com a produção do leite: o alimento é principal fonte de nutrientes para os bebês até os 6 meses de idade, além de atuar na prevenção de doenças nos recém-nascidos. Em meio a tanta informação, o aleitamento materno pode gerar dúvidas nas mães, levando-as a crer, muitas vezes, em falsas estratégias para aumentar a quantidade de leite produzido.

A pesquisa "Como vai a alimentação das gestantes brasileiras? A mãe moderna e o desafio da nutrição equilibrada", conduzida pelo IBOPE Conecta, a pedido de Pfizer e Nestlé, para entender os hábitos alimentares e nutricionais das gestantes do País, mostra que mais da metade das grávidas entrevistadas no Nordeste acredita ou não sabe que algumas crenças populares sobre o aleitamento materno são falsas. Entre as gestantes consultadas na região, 61% acreditam ou não sabem se comer canjica aumenta a quantidade do leite.
Já 45,7% acreditam ou se questionam sobre a influência da cerveja preta na amamentação.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), não há evidências científicas que comprovem que determinados alimentos aumentem a produção de leite[2]. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, ainda, que o consumo de bebidas alcoólicas seja suspenso durante a gravidez, a fim de prevenir o parto prematuro e a síndrome fetal[3]. A SBP reforça também que, para a manter a saúde de mãe e bebê durante a gravidez, é essencial manter uma alimentação saudável[4], já que há um aumento do gasto de energia para a produção do leite e um incremento na intensidade da atividade fisiológica e necessidades nutricionais para o desenvolvimento da criança.


No Nordeste, 88% das grávidas entrevistadas desconhecem a importância da suplementação vitamínica para suprir as necessidades do corpo durante a gestação, 5 pontos acima da média nacional (83%).
A OMS recomenda que as grávidas adotem a suplementação diária de ácido fólico e de ferro[5]. O primeiro atua no desenvolvimento placentário[6] e na formação do tubo neural do bebê[7], prevenindo possíveis malformações, como coluna aberta e anencefalia[8]. Já o ferro contribui para a produção de hemoglobinas e proteínas responsáveis pelo suprimento de oxigênio do organismo[9], além de auxiliar na prevenção da anemia na mãe e no bebê. A demanda pelo mineral crescerá cinco vezes do início ao fim da gestação[10].

Referências:
1. IBOPE Conecta. Como vai a alimentação das gestantes brasileiras? A mãe moderna e o desafio da nutrição equilibrada, de Nestlé Materna, aplicada em 2018, por meio de questionário online com 500 gestantes brasileiras de todas as regiões.

2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Produção de leite materno. Disponível em: www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/producao-de-leite-materno. Acesso em 25 nov. 2019.

3. PAHO. Folha informativa -- Álcool. Disponível em: www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5649:folha-informativa-alcool&Itemid=1093. Acessado em 11 nov. de 2019.

4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Produção de leite materno. Disponível em: www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/producao-de-leite-materno. Acesso em 25 nov. de 2019.

5. WHO. Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/250800/WHO-RHR-16.12-por.pdf;jsessionid=A81BF205046A177237416CFE4C05CA1D?sequence=2> Acesso em nov. de 2018.

6. Nilsen RM, Vollset SE, Rasmussen SA, Ueland PM, Daltveit AK. Folic acid and multivitamin supplement use and risk of placental abruption: a population-based registry study. Am J Epidemiol. 2008;167(7):867-74.

7. Ministério da Saúde. Conheça todas as etapas de desenvolvimento do bebê. Disponível em: www.brasil.gov.br/saude/2011/10/conheca-todas-as-etapas-de-desenvolvimento-do-bebe . Acesso em 11 mai. de 2019.

8. Fekete K, Berti C, Cetin I, Hermoso M, Koletzko BV, Decsi T. Perinatal folate supply: relevance in health outcome parameters. Maternal & Child Nutrition. 2010;6(Supl. 2):23-38.

9. Rumm-Kreuter D, Demmel I. Comparison of Vitamin Losses in Vegetables Due to Various Cooking Methods. Journal of Nutritional Science and Vitaminology. 1990;36(4-SupplementI):S7-S15.

10. Brandão A, Cabral M,Cabral A. A suplementação de ferro na gravidez: orientações atuais. FEMINA. 2011;39(5):285-9.

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