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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Lucro do BNDES cresce 190% no 1º semestre; R$ 13,808 bilhões

FOTO: AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou lucro líquido de R$ 13,808 bilhões no primeiro semestre deste ano, alta de 190,1% frente ao mesmo período do ano passado, quando foi de R$ 4,76 bilhões, informou a instituição nesta quarta-feira.

O desempenho semestral foi influenciado pelo resultado de participações societárias, que cresceu 228,4% no primeiro semestre, para R$ 13,47 bilhões, refletindo a venda de participação na Petrobras, Vale, Rede Energia, além da operação de incorporação de Fibria pela Suzano. As alienações somaram R$ 10,392 bilhões no período.

Segundo a superintendente de controladoria do banco, Luciana Torres Bastos, o banco conseguiu reverter uma provisão para risco de crédito de R$ 900 milhões. Informações do Globo, via Valor

“A reversão da provisão para risco de crédito foi influenciada pelo recebimento de R$ 900 milhões do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), referente a créditos 100% provisionados, basicamente Venezuela”, disse Bastos. Ela também destacou que, apesar da redução da carteira de operações de crédito, o BNDES registrou aumento do produto da intermediação financeira.

O resultado da intermediação financeira foi de R$ 7,96 bilhões no ano passado, 21,8% a mais do que no ano anterior. Já a carteira de crédito somou R$ 470,6 bilhões em junho, com queda anual de 9,3%, conforme dados do balanço divulgados nesta quarta-feira pelo banco de desenvolvimento.

O balanço mostra ainda que o baixo dinamismo da economia brasileira segue influenciando os indicadores de desempenho do BNDES. Os desembolsos acumularam R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre, contração nominal de 9% frente ao mesmo período de 2018. “O destaque positivo no semestre se refere aos desembolsos para infraestrutura, que totalizaram R$ 11,4 bilhões, alta nominal de 4% em relação ao primeiro semestre de 2018”, informou o banco.

Tesouro Nacional
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse que a instituição está confortável para devolver R$ 126 bilhões de recursos ao Tesouro Nacional neste ano.

O presidente do banco reconheceu, porém, que a volatilidade dos resultados das participações societárias do banco provoca volatilidade no resultado da instituição como um todo, o que pode comprometer os propósitos do BNDES. “Essa volatilidade, ao comprometer [o índice de] Basileia, faz com que tenhamos que trabalhar com colchão muito maior, que impacta até a devolução de recursos para a União”, disse o presidente do banco.

Montezano afirmou que existe “alguma chance” de novas vendas de participações neste ano. Ele não quis dar mais detalhes porque as informações podem alterar o mercado.

O presidente também confirmou ter recebido do Ministério da Economia solicitação para a devolução antecipada de dividendos, até o limite estatutário de 60% do lucro líquido “Estamos estudando a demanda e dentro das nossas possibilidades vamos fazer o possível para atender.”

Menor risco
Segundo o diretor de crédito e participações do BNDES, André Laloni, a volatilidade da carteira do banco é maior que a do próprio Índice Bovespa (Ibovespa). “É um risco de renda variável que não é condizente com a atividade do banco”, acrescentou o diretor do banco.

Laloni disse que a carteira do banco precisa ser administrada para ser sustentável, e não para gerar o maior lucro possível. “Vamos diminuir o perfil de risco da carteira e adaptar ao propósito do banco”, disse ele, reiterando que a “missão do banco não é maximizar o valor de um portfólio”.

Durante coletiva sobre os resultados do banco no semestre, o diretor de finanças do BNDES, José Flávio Ramos, acrescentou que os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) vão cair 10% ao ano até 2020, o correspondente a R$ 5 bilhões anuais. “O capital do BNDES é de R$ 185 bilhões e vai cair para ordem de R$ 130 bilhões a R$ 120 bilhões”, afirmou Ramos, acrescentando que a devolução de recursos do FAT é um “ponto de atenção” para Basileia. “Estamos acompanhando de perto e vai acontecer no longo prazo”. Globo, via Valor

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