247 – A cassação, por voto secreto, do mandato do senador Demóstenes Torres por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções aumentou a pressão pelo voto aberto de senadores e deputados. Anteriormente, nas votações abertas que ocorreram nas comissões de Ética e de Constituição e Justiça, houve unanimidade de votos contrários à posição de Demóstenes. "É claro que, em plenário, o voto secreto favoreceu o corporativismo, o que explica essa surpresa de 19 favoráveis à manutenção do mandato dele", afirmou ao 247 o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). "É preciso, agora, que os eleitores pressionem a Câmara dos Deputado a votar a Proposta de Emenda Constitucional que estabelece o voto aberto para questões como o julgamento de quebra de decoro parlamentar", completou.
Com efeito, o plenário do Senado já aprovou em duas votações a PEC 86. Seu texto estabelece o voto aberto como o único aceitável em situações como a vivida por Demóstenes Torres. A proposta está neste momento na Mesa da Câmara dos Deputados, podendo entrar na pauta de acordo com decisão do presidente Marco Maia. "Tanto a Câmara quanto o Senado só funcionam com pressão popular", acredita o senador Ferraço. "E não há melhor momento que esse para que seja feita uma saudável pressão sobre o presidente da Câmara para que ele desengavete essa proposta". Em tempo: ele próprio diz ter votado pela cassação de Demóstenes.
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