Numa corrosiva reportagem que acaba de publicar no Wall Stree Journal, Nova Iorque, o consultor de energia especialista em América Latina Roger Tissot diz acreditar que o Brasil foi superestimado quanto ao seu potencial petrolífero. Tissot culpa o governo brasileiro: "A política do governo limita a implantação de capital estrangeiro e a especialização, retardando o desenvolvimento e aumentando os custos".O "Wall Street Journal" culpa exigências feitas pelo governo, de que investimentos tenham aproveitamento local, por ineficiências nos gastos. Com isso, segundo o diário, o custo de produção por barril da estatal brasileira aumentou.
. Os jornalistas do Wall Street Journal constataram que investidores brasileiros têm descoberto que os recursos naturais do pré-sal não significam exatamente dinheiro na mão" e que a "euforia (do petróleo) sucumbiu à realidade.
. Com o título "Por que o petróleo brasileiro demora a pegar fogo", o artigo faz uma análise do preço das ações do setor petroleiro no Brasil, dizendo que os papéis da Petrobras estão hoje no mesmo patamar do que em outubro de 2006 e que as ações da empresa OGX perderam dois terços do seu valor de mercado desde 2008.
. A verdade é que os preços das ações da Petrobrás despencaram vigorosamente. O editor examinou posições de investidores no fundo exclusivo de ações da Petrobrás, administrado pelo Bradesco, constatando perdas de 40% em quatro anos.
. O jornal americano informou que o cenário continuará sombrio para quem investe nas ações de empresas como Petrobrás e OGX, porque as duas empresas brasileiras diminuíram suas estimativas de produção e estão tendo que investir mais do que o previsto.
. O jornal diz que ações de empresas colombianas do setor tiveram um desempenho "bem melhor que os rivais brasileiros".A indústria do petróleo do país vizinho cresceu 6,5% por ano desde 2003. Esse aumento coincidiria com novas políticas para encorajar o investimento estrangeiro em petróleo e gás. Por Polibio Braga
CLIQUE AQUI para ler o artigo de Carlos Alberto Sardenberg, O Globo, domingo: Petrobrás: o custo Lula.
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