O professor da UERJ André Sznajder não esconde o entusiasmo com o anúncio da descoberta da partícula de Deus. Nos últimos anos, o físico carioca de 44 anos se divide entre o Rio de Janeiro e a sede do Cern, na Suíça, em busca do Bóson de Higgs. Ele é o único brasileiro que atua diretamente na análise de dados de procura da "partícula de Deus" no experimento CMS, um dos detectores de partículas envolvidos na descoberta. Desde 2006, quando se envolveu no projeto, ele espera por esse momento.
O GLOBO: Quão certo estão os pesquisadores de que encontraram o Bóson de Higgs?
ANDRÉ SZNAJDER: O Modelo Padrão da Física (MP) tem sido colocado à prova há decadas e todas as suas previsões teóricas têm sido verificadas na prática, mas esta é a primeira evidência direta da existência do Bóson de Higgs. Isso é histórico. Antes destes resultados anunciados agora, só tínhamos evidências indiretas, como a descoberta dos Bósons de Gauge W e Z, nos anos 80 também pelo Cern. Mas, como a quantidade de eventos ainda é pequena, não podemos afirmar com certeza que esta nova partícula é o Bóson de Higgs. Será necessário coletar dados por mais alguns anos a fim de que possamos afirmar com 100% de certeza. Teremos de provar que esta partícula tem as propriedades que procuramos e que ela é única.
* Qual é o futuro da pesquisa envolvendo a chamada “partícula de Deus”?
SZNAJDER: A pesquisa no acelerador de partículas do CERN tem previsão de continuar por mais de uma década. E mais: existe a possibilidade da construção de um acelerador de elétrons que seria mais propício ainda para efetuar medidas de precisão sobre o Higgs. Leia tudo em http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2012/07/05/interna_mundo,383237/particula-de-deus-pesquisa-vai-continuar-por-mais-uma-decada.shtml
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