(EFE).- O número de refugiados sírios nos países vizinhos já superou 100 mil pessoas e segue crescendo, segundo alertou nesta sexta-feira o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, em inglês).
'Só nos primeiros três dias de julho três mil sírios cruzaram a fronteira com a Jordânia', alertou o organismo em comunicado. As estatísticas são do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Os dados apontam que desde o início do conflito, em março de 2011, 103 mil sírios se registraram e recebem assistência do Acnur. Desde 21 de junho, esse número é de 10 mil pessoas.
No Iraque, existem 6.483 sírios refugiados; na Jordânia, 30.990; no Líbano, 30.183; e na Turquia, 35.565.
Outra consequência da crise na Síria é que 13 mil dos 87 mil refugiados iraquianos que até agora residiam no país decidiram abandoná-lo.
Adrien Edwards, porta-voz do Acnur, afirmou que a maioria voltou ao Iraque, 'muitos para a região do Curdistão', e o resto 'seguramente se refugiou na Jordânia'.
A agência advertiu também que por causa dos intensos bombardeios nos arredores de Damasco mais de 200 mil pessoas abandonarem seus lares.
O Acnur denunciou que devido aos combates, a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho não têm acesso à parte mais antiga da cidade de Homs, apesar das autoridades e dos grupos armados terem permitido a entradas das organizações há semanas.
O porta-voz da OCHA, Jens Laerke, confirmou que as equipes humanitárias das Nações Unidas não podem trabalhar no interior do país devido aos enfrentamentos e à insegurança.
'É por isso que tentamos trabalhar com as ONG's que já estavam no terreno para ajudar os refugiados iraquianos e palestinos, e pedimos que expandam suas atividades para ajudar os sírios', disse.
Atualmente, trabalham na Síria sete ONG's internacionais e mil nacionais. Haerke especificou que o número de sírios que necessitam de ajuda é de um milhão e meio de pessoas.
As Nações Unidas precisam de US$ 373 milhões para seu plano de ação na Síria, tanto para ajudar os que sofrem pelo conflito dentro do país, como para os que se refugiaram em outras nações.
Até o momento, no entanto, a ONU só conseguiu 20% desse valor.
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