Com a morte do prefeito de Itaetê, Admar Matos (PDT), após um infarto na tarde deste sábado (7), o vice-prefeito, Zenildo Matos (PSDB), foi investido no cargo. Mas, o processo de transição não foi tão tranquilo assim no município do sudoeste baiano. Rompido com o titular há dois anos, o novo gestor queria tomar posse logo no início da manhã desta segunda-feira (9), mas a mesa da Câmara de Vereadores marcou a cerimônia para as 16h. De acordo com o presidente da Casa, Valdes Brito (PDT), em entrevista ao Bahia Notícias, Matos não aceitou e exigiu a sua posse imediata. Correligionários do tucano e simpatizantes acamparam na Casa Legislativa e exigiram a conclusão do procedimento. “Quando eu soube da aglomeração na Câmara, me reuni com o advogado para discutir a questão. Em respeito à família do prefeito Admar, que foi sepultado neste domingo, marcamos a cerimônia para a tarde, já que alguns trâmites após a morte do prefeito precisavam ser resolvidos”, afirmou o chefe do Legislativo municipal. Conforme Brito, ele chegou a ir ao prédio para tentar convencer Matos a aguardar o procedimento, mas foi orientado a deixar o local para evitar tumulto, já que os presentes estavam exaltados. O ato de posse foi realizado pelo 2º secretário da Mesa, vereador Manoel Messias Silva (PSC). Ainda segundo Brito, oficializado o processo, aliados e simpatizantes do novo prefeito marcharam até a prefeitura e as portas foram abertas a pontapés e empurrões. “Fiquei preocupado. Não é possível acreditar que essas atitudes são cometidas em pleno Século 21. Eles não deixaram nem os secretários entrarem na prefeitura”, lamentou. O prefeito Admar Matos concorria à reeleição e o grupo político liberado por ele ainda discute o nome para substituí-o e concorrer ao pleito deste ano. Conforme o artigo 16, da Lei 8.214/91, "é facultado ao partido ou coligação substituir o nome do candidato que venha a ser considerado inelegível, ou que renunciar ou falecer após o termo final do prazo de registro". Já o novo gestor, que era candidato a vice na chapa da prefeiturável Lenize Estrela (PSB), deu o lugar ao marido dela para disputar o processo, que passou a ser sucessório.
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