No primeiro semestre do ano, as melhores rentabilidades foram observadas nas opções de investimento da conservadora renda fixa. Quem apostou nas ações, só viu o patrimônio crescer se fugiu dos papéis que compõem os grandes índices, como o Ibovespa. A constatação é de estudo da consultoria Luz Engenharia Financeira, feito com base no desempenho de 600 fundos de investimentos.
“Os resultados bons para os investidores estão nos fundos de renda fixa. A bolsa, neste ano, não está bem, há apenas alguns papéis com ganhos”, diz a economista Viviane Werneck, responsável pelo levantamento.
No estudo, os fundos foram classificados em três níveis para aplicação do investidor: excelentes (quesito em que 194 se enquadraram), adequados (212 fundos) e abaixo do padrão (que ficou com 194 fundos). Entre os “excelentes”, pelo menos 150 são fundos de renda fixa.
De acordo com Viviane, em média, essas alocações en renda fixa deram retorno de até 80% do CDI (taxa referencial de juros). “É um movimento que começou no segundo semestre do ano passado”, comenta a economista.
Com a repetição dessa conjuntura neste ano, Viviane diz que alguns gestores estão zerando suas posições em renda variável e migrando para a renda fixa, em vez de manter a posição e aguardar um novo período de alta. “Mas, agora, a bolsa está ficando barata. Se o gestor souber escolher os papéis corretos, haverá alguma rentabilidade de agora em diante.”
A economista acredita que a bolsa começará a demonstrar uma recuperação a partir de outubro deste ano. “Ações ligadas ao mercado interno, sobretudo ao consumo, são boas alternativas”, prevê a especialista. “No primeiro semestre, foram elas que seguraram as rentabilidades dos fundos de ações”, acrescenta a responsável pelo estudo.De http://blogs.estadao.com.br/
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