O PCdoB acabou de entrar na roda da fortuna da corrupção. Precisamente na revista Época que está nas bancas. E atinge, cheio, o presidente nacional da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima, que fez cinco mandatos de deputado federal. A revista anota: “O comunista Haroldo Lima não detém conhecimentos técnicos sobre petróleo, mas sabe tudo de política. Aos 71 anos, o atual diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) já fez muito pela esquerda. Militou no movimento estudantil, fundou a organização Ação Popular, a AP, na qual combateu a ditadura militar, e, há 39 anos, apaixonou-se pelo PCdoB. É um dos mais antigos e dedicados quadros do partido. A exemplo de tantos outros políticos de sua geração, sacrificou-se pelos ideais da esquerda, mas capitulou aos encantos da direita. Em 2003, em reconhecimento a seus serviços, o então presidente Lula nomeou Haroldo para uma diretoria na ANP. Desde então, Haroldo socializou cargos e contratos entre os camaradas do PCdoB. Fora, assegurou – com muito custo – o próspero acúmulo de capital dos grandes empresários do setor petrolífero. Essa ambiguidade de papéis, subproduto do aparelhamento partidário do Estado brasileiro, não poderia dar certo”. E por aí vai, até entrar no cerne desejado pela reportagem: fortes evidências da corrupção na ANP, como cheques, e-mails, relatos de empresários extorquidos – e até um vídeo em que uma advogada que atua no ramo é achacada por dois assessores da ANP. Analisando a matéria, o Blog de Noblat diz que “Todo o material integra uma investigação sigilosa, iniciada pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro”. Com o título “O dinheiro era para o partido” (PCdoB), a revista revela os descaminhos da ANP e, neles, o baiano sobe na corda bamba dos escândalos nacionais. (Samuel Celestino)
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