Este livro conta a história do "Jornal da Bahia", fundado nos anos 50 por João Falcão, que o dirigiu durante 25 anos. Uma das mais belas e dramáticas histórias da imprensa brasileira, na qual se registram momentos do mais puro idealismo do Partido Comunista e de outros mais jovens, irmanados pelo ideal de fundar um jornal livre de injunções partidárias e de grupos econômicos que dominavam a imprensa da Bahia e de quase todo o país.Não obstante esta chama de idealismo dos seus fundadores, em poucos anos o "Jornal da Bahia" consolidou-se como empresa, realizando uma campanha vitoriosa de assinantes por dez anos e construindo uma bela sede própria no seu terceiro ano de funcionamento. Nos anos difíceis de repressão por parte do governo e sem publicidade o jornal contou com o apoio da imprensa nacional, de jornais como "O Estado de S. Paulo" e "A Tarde", e de personalidades, entre as quais deputados estaduais e federais; de órgãos representativos da imprensa, como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação Interamericana de Imprensa. Em sua trajetória encontra-se a memória de homens idealistas e brilhantes como Zittelmen de Oliva, Milton Caíres de Brito, Glauber Rocha, João Batista de Lima e Silva, Flávio Costa, Ariovaldo Mattos, Alberto Vita, Osvaldo Peralva, Heron de Alencar, Rafael Pastore e outros. E de grandes jornalistas que o jornal formou e continuaram militando na imprensa baiana e nacional, como João Ubaldo Ribeiro, Muniz Sodré, Florisvaldo Mattos, João Carlos Teixeira Gomes, Antonio Torres, Sebastião Néri, Emiliano José, Levi Vasconcelos, Newton Sobral, Anísio Felix, Gustavo Tapioca Silva e tantos outros.
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