Extremista terá de pagar R$ 10 mil à Débora Diniz, professora da UnB, por acusações feitas nas redes sociais contra a antropóloga no ano passado. Cabe recurso
Estado de Minas
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press e Carlos Moura/STF
O juiz Arthur Lachter, da 19ª Vara Cível de Brasília, condenou a extremista bolsonarista Sara Fernanda Giromini por danos morais contra a antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB) Débora Diniz. De acordo com a decisão do magistrado, a extremista, conhecida como Sara Winter, terá de pagar R$ 10 mil a Débora. Porém, ainda cabe recurso.
A ação movida por Débora se refere às declarações feitas por Sara no ano passado, quando a professora da UnB se posicionou acerca do aborto de uma menina de 10 anos que havia sido estuprada pelo tio. Na época, Sara foi às redes sociais e chamou Débora de "a maior abortista brasileira", além de acusá-la de defensora da prática de tortura.
Anteriormente, Débora havia pedido uma indenização de R$ 50 mil. "Chamar a autora de maior abortista brasileira sem dúvida é um exagero, mesmo porque não foi feito um ranking ou análise de dados para se chegar a essa conclusão, mas tal perspectiva por si só não pode ser considerada ofensiva pela autora ou que viole a sua reputação, já que como disse acima, se apresenta perante o grande público como defensora na extensão das hipóteses legais de aborto", avaliou o magistrado.