Neste domingo, dia 27, o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães completa 17 anos de sua inauguração em Itabuna. Se a sua construção representou um grande anseio da macrorregião Sul da Bahia por uma saúde pública de urgência e emergência de qualidade, ao longo de quase duas décadas o hospital passou a acumular dívidas e a vivenciar graves problemas técnicos e administrativos por conta, principalmente, de gestões que não conseguiram manter o serviço de excelência. O resultado desta crise foi devastador. Dívidas com fornecedores e funcionários, estrutura física comprometida, serviços essenciais desativados e a população, desassistida.
Prefeitura de Itabuna fez investimentos para melhorar atendimento no Hospital de Base
As principais perdas foram na área tecnológica e estrutural, na redução em 60% do atendimento ambulatorial e de 80% nos serviços que eram prestados em imagem e diagnóstico e laboratorial. Quando o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, assumiu a administração municipal, há dois anos e sete meses, o Hospital de Base havia reduzido para apenas 287 as cirurgias eletivas por mês, quando sua capacidade média é próxima a 400.
MOVIMENTO INTENSO
Localizado em uma região estratégica da Bahia, o Hospital de Base atende a uma população estimada em um milhão de habitantes. São 126 municípios pactuados que encaminham casos de urgência e emergência para Itabuna pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter ideia da abrangência desta macrorregião, doentes de Uauá, no sertão da Bahia, a 670 quilômetros de distância, são encaminhados para receber atendimento na unidade. As ambulâncias chegam a percorrer 10 horas de viagem em busca de socorro médico.
Com 161 leitos em funcionamento, 85 médicos e 703 técnicos, o hospital é "uma pequena cidade" onde muitas pessoas precisam de tratamento e outras inúmeras, que as acompanham, de uma atenção especial. A complexidade e grandiosidade da sua estrutura podem ser observadas nos números que apresenta atualmente depois de sua recuperação.
A cada mês são 5.600 pacientes atendidos no Pronto Socorro da unidade hospitalar. E uma média de 400 cirurgias – das mais simples até as mais complexas, como neurocirurgias e ortopedia – realizadas todos os meses. Na medida em que o serviço não pode parar, há uma missão paralela a ser cumprida: restabelecer o funcionamento de todos os serviços e preparar o hospital para voltar a níveis de excelência nos próximos anos.
RECONQUISTAS E EVOLUÇÕES
"Estamos evoluindo, reconquistando a confiança do público e o respeito da sociedade", resume o diretor-presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (FASI), o médico Paulo Bicalho, técnico escolhido pelo atual prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, para executar a reestruturação do hospital. De fato, alguns avanços já podem ser contabilizados.