Carlos Eduardo Cherem*Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte
Fernanda Carvalho - 16.jul.2014/ O Tempo/Agência O Globo
Operários retiram escombros do viaduto que desabou na avenida Pedro 1º, em Belo Horizonte em 2014
O MP (Ministério Público) de Minas Gerais quer que as empresas responsáveis pelo projeto e construção do viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou durante a Copa do Mundo, em julho de 2014, em Belo Horizonte, arquem com os prejuízos materiais da tragédia, que matou duas pessoas e feriu outras 21.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (25) horas após o MP receber o relatório da prefeitura de Belo Horizonte apontando que foram pagos R$ 12,8 milhões às empresas Cowan (R$ 12.351.257) e Consol (R$ 527.107), responsáveis respectivamente pela execução das obras e pelo projeto do viaduto Batalha dos Guararapes, que caiu em Belo Horizonte durante a Copa do Mundo.
Na tragédia, morreram a motorista Hanna Cristina Santos, 26, e o condutor Charlys Frederico Moreira do Nascimento, 25. Outras 21 pessoas ficaram feridas no desabamento.
O promotor do Patrimônio Eduardo Nepomuceno disse que vai procurar pessoalmente as direções das duas empresas, a partir desta segunda-feira (28), para solicitar a reparação dos danos materiais. "Pretendo na próxima semana conversar com representantes das empresas no sentido da reparação de danos", afirmou o promotor.
Para Nepomuceno, o objetivo anterior era de que essas empresas custeassem a construção de outro equipamento público no local, um viaduto ou uma trincheira. Entretanto, como não houve acordo, elas terão de devolver os valores recebidos do município.
"Como não houve uma definição do município com relação a isso (construção de outro equipamento público), então decidimos reparar os cofres públicos", disse Nepomuceno.
O UOL entrou em contato com a Cowan neste sábado (26) e foi informado que somente na segunda-feira (28) a assessoria de imprensa da companhia poderia comentar a questão.
Na Consol, do mesmo modo, o UOL foi informado que a direção da empresa só poderia ser contatada na segunda-feira (28). A reportagem ligou também para os telefones da assessoria de imprensa da prefeitura de Belo Horizonte, mas as chamadas não foram atendidas.
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