Motivados principalmente pela curiosidade ou pela vontade de sentir os efeitos associados ao uso de crack e de outras formas similares de cocaína fumada - pasta-base, merla e oxi -, os usuários dessas drogas não se limitam a elas e fazem uso de diversas substâncias psicoativas. Entre as mais comuns estão o álcool e o tabaco.
A constatação está no levantamento Perfil dos Usuários de Crack e/ou Similares no Brasil, divulgado hoje (19) pelos ministérios da Justiça e da Saúde. O objetivo da pesquisa, encomendada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi identificar as principais características dessa parcela da população, considerada de difícil acesso ou oculta.
De acordo com o levantamento, os dados evidenciam a necessidade de ações integradas de tratamento para o uso de crack e de outras drogas. O estudo aponta que, além da curiosidade, há outros fatores determinantes para o início do consumo. Entre eles, a pressão de amigos, citada por 26,7% dos usuários e problemas familiares ou perdas afetivas (29,2%).