A diretoria do Vasco corre para quitar parte dos salários atrasados e motivar o grupo de jogadores.
A derrota para o Vitória por 2 a 1, na última quarta-feira, em São Januário, manteve o Vasco na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e aumentou a crise nos bastidores. O desconforto é nítido no departamento de futebol, mas a diretoria assegura ter diagnosticado uma forma de solucionar parcialmente os problemas e motivar o elenco na luta contra a queda. O clube montou uma força-tarefa e corre para quitar ao menos o salário de julho até o próximo sábado.
A dívida atual é de dois meses - julho e agosto. No próximo dia 5 de outubro, o Cruzmaltino pode completar três meses de salários atrasados, embora exista um acordo com o grupo que prolonga o vencimento de cada período para o dia 20 do mês seguinte. Em conversas depois do revés para o Vitória, a administração Roberto Dinamite prometeu trabalhar em dobro para resolver a questão.
A tendência inicial é a de que um grupo de conselheiros ilustres se reúna para levantar o montante. Na previsão otimista, os cartolas pretendem encerrar a próxima semana com os vencimentos do elenco em dia.
É consenso no departamento de futebol que uma sinalização positiva em relação ao aspecto financeiro tornou-se imprescindível para que o Vasco mantenha viva a chance de deixar a zona do rebaixamento e comece a recuperação na competição nacional já no próximo domingo, quando encara o Atlético-MG, às 18h30, em Belo Horizonte.
"É delicado tocar nesse assunto e em um momento como esse. Todo mundo deve saber, não vou falar nada, mas vocês [jornalistas] estão aqui no dia a dia e conhecem", afirmou o meia Pedro Ken logo após deixar o gramado de São Januário.
O técnico Dorival Júnior ressaltou a necessidade de manter o grupo unido apesar de fatores contrários ao processo de recuperação no Campeonato Brasileiro.
"Somos profissionais e temos que buscar isso. Só vamos sair dessa situação com união. O Vasco já deu uma mexida dentro do campeonato e não é possível que tenha perdido tudo em pouco tempo. Acreditamos que podemos recuperar nos jogos seguintes mesmo atuando fora de casa. O ser humano precisa acreditar e ser otimista ao extremo. Temos forças que desconhecemos. Tudo se resolve com trabalho", encerrou.
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