Entram na conta da pirataria perfumes, óculos, brinquedos, cigarros e softwares falsificados. Foto: Brunna Ribeiro/Esp. CB/D.A Press
Os brasileiros gastaram R$ 23,8 bilhões em produtos piratas no ano passado. Com esse valor seria possível refazer a reforma do Maracanã — que estourando o orçamento chegou a R$ 1,2 bilhão — outras 19 vezes. Entram na conta da pirataria perfumes, óculos, brinquedos, cigarros e softwares falsificados, pirateados ou contrabandeados que chegaram à casa do consumidor por caminhos ilegais. Os dados são do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), divulgados na manhã desta quarta-feira (18).
Para Edson Luiz Vismona, presidente do FNCP, “o Brasil está sendo saqueado”. Durante a divulgação do estudo, Vismona informou que dos 11 setores listados pelo Fórum, o que mais sofreu com a pirataria foi o de softwares. Em 2012, o mercado legal movimentou R$ 2,52 bilhões enquanto no ilegal foram movimentados R$ 2,84 bilhões. Outro setor que chama a atenção é o de perfumes. No ano passado, o mercado legal vendeu R$ 2,51 bilhões e no pirata foram vendidos R$ 2,45 bilhões.
O cálculo para descobrir o número da pirataria é feito de diversas maneiras, de acordo com cada setor. O de pilhas, exemplifica o FNCP, avalia o produto no descarte. Neste caso, 30% das pilhas descartadas foram identificadas como piratas.
"De dezembro de 2010 a dezembro de 2012 foram apreendidos somente na capital paulista 78 milhões de produtos, com valor de mercado equivalente a R$ 2 bilhões. É o mesmo valor apreendido pela Receita Federal em todo o Brasil em 2012 — detalhou Vismona, pontuando que São Paulo é “o grande polo nacional da pirataria”.
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