O roteador por satélite fornecia internet rápida para vários celulares ao mesmo tempo; o preso é investigado por tráfico e lavagem de dinheiro

O aparelho estava com Lucas Muniz Sartori, preso por tráfico de drogas e suspeito de usar falsas rifas para lavar dinheiro. Além do equipamento, foram encontrados quatro celulares e porções de maconha.
O aparelho funciona como uma central capaz de distribuir internet para vários celulares ao mesmo tempo, mesmo sem sinal de telefonia. No mercado, custa entre 800 e 3,5 mil, mas dentro de presídios o valor costuma ser muito maior.
Segundo a investigação, Sartori ostentava nas redes sociais o dinheiro vindo do crime, mostrando viagens, festas e rifas de veículos de luxo para dar aparência de legalidade ao lucro do tráfico.
O secretário estadual do Sistema Penal, Jorge Pozzobom, afirmou que a entrada do equipamento deve ter ocorrido por meio de drones, uma tática já identificada pelos órgãos de segurança. O Estado, segundo ele, tem investido em tecnologia antidrones e reforço nos bloqueadores de sinal. No caso da penitenciária de Charqueadas, os bloqueadores ainda não estão ativos devido a atrasos técnicos.
A Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo informou que o sistema contratado deverá bloquear todas as frequências de Wi-Fi e telefonia. Enquanto isso, a unidade segue sob fiscalização reforçada.
Desde 2019, o governo afirma ter investido 1,4 bilhão no sistema prisional gaúcho, incluindo novas vagas, equipamentos de segurança, scanners corporais e tecnologia antidrones.
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