Presidente da Câmara anunciou anteriormente que pretende levar as mudanças tributárias ao plenário em maio
Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (6), em encontro na Associação Comercial de São Paulo, que o governo do presidente Lula não tem ainda votos suficientes para votar reformas econômicas. O parlamentar fez as declarações em encontro do Conselho Político e Social da entidade. Lira avaliou que a gestão atual não terá facilidade para aprovar “a tão falada, tão difícil e tão angustiante” reforma tributária.
“Temos um governo que foi eleito por uma margem de votos mínima e que precisa entender que temos um Banco Central independente, agências reguladoras, Lei das Estatais e um Congresso com atribuições mais amplas”, cutucou o político do PP, que, apesar de ter integrado a base de sustentação da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mantém diálogo com o governo atual.
Arthur Lira não descarta que o Legislativo trate da desoneração da folha de pagamento. A equipe econômica do governo Lula quer incluir este tópico na segunda fase da reforma tributária, que trata sobre o Imposto de Renda. Neste primeiro momento – cujo texto Lira pretende levar ao plenário em maio -, os parlamentares vão se debruçar na unificação da tributação sobre o consumo.
“Vamos perseguir a reforma possível na matéria tributária”, descreveu Lira. “A gente vai ter que caminhar devagarinho. Ninguém vai chegar na reforma ideal”. Para o presidente da Câmara, antes disso o governo precisa se estabilizar internamente e organizar uma base com força suficiente para avançar em matérias constitucionais. Fonte: Folha de S. Paulo
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