Até mesmo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro adotaram práticas para se precaver contra espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Até mesmo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) temiam espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e adotaram práticas para se proteger. Pessoas próximas ao ex-presidente, que atuam em diferentes órgãos de investigação no âmbito federal, conforme o Metrópoles, tinham por costume desligar aparelhos celulares e deixá-los fora de ambientes onde ocorriam reuniões de cunhos mais preocupantes.
Esses investigadores afirmam que, além de o aparelho revelar a localização, o próprio áudio poderia ser captado, ainda que o celular estivesse em modo avião ou até mesmo desligado.
Na semana passada, O Globo mostrou que a Abin usou um programa secreto para monitorar os passos de ao menos 10 mil pessoas.
Após virem à tona denúncias de que a Abin fazia o monitoramento da localização de pessoas, de forma ilegal, durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que cabe ao atual governo providenciar as devidas investigações.
“Se algo foi feito no passado, no outro governo, que não tem conformidade com a lei, isso será levado a quem [seja] responsável; à CGU [Controladoria-Geral da União], aos órgãos de justiça, para que as providências cabíveis, a responsabilização devida, seja feita a quem praticou esses atos no passado”, disse o ministro, evitando comentar as práticas do governo anterior.
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