Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem criticado duramente o Banco Central por conta da permanência da taxa de juros em 13,75%, cogitando, inclusive, reaver a independência da entidade. As falas de Lula têm gerado desconforto no ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que tem agido nos bastidores para “conter” o presidente. Bahia Notícias
Em discurso na posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES na segunda-feira (6), Lula afirmou que “tem muita gente que fala” que ele não deveria criticar o Banco Central publicamente.
“Tem muita gente que fala: ‘Pô, mas o presidente não pode falar isso’. Ora, se eu que fui eleito não puder falar, quem que eu vou querer que fale? O catador de material reciclável? Quem que eu vou querer que fale por mim? Não. Eu tenho que falar. Porque, quando eu era presidente, eu era cobrado”, disse Lula.
Segundo informações do Metrópoles, uma dessas pessoas que aconselharam o presidente da República a não atacar a autoridade monetária publicamente foi o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A avaliação de Haddad e de outros integrantes da equipe econômica é de que essas falas de Lula geram ruídos no mercado e no Congresso com potencial para atrapalhar o avanço da agenda do governo.
Segundo fontes da área econômica, logo no início do governo, Haddad teria pedido ao presidente uma espécie de trégua de 90 dias sem falas polêmicas. Algo que Lula não cumpriu.
Numa tentativa de amenizar as relações com o BC, Haddad elogiou, nesta terça-feira (7), a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano.
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