Polícia achou na casa de Anderson Torres um plano para mudar resultado da eleição presidencial de 2022 decretando Estado de Defesa no TSE
Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou nesta quinta-feira (12) que a minuta do plano de um golpe encontrada pela Polícia Federal na residência dele tinha o objetivo apenas de alimentar uma narrativa. A proposta, afiançou, seria descartada antes da sua implantação.
A ideia visava decretar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra as eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo presidente Lula. A minuta, de acordo com o colunista Guilherme Amado (Metrópoles) teria sido escrito a mão.
“No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil”, disse o ex-ministro nas redes sociais. Em sua defesa, Torres afirma que a minuta com uma proposta de decreto para instaurar um estado de garantia para rever o resultado das eleições presidenciais de 2022 foi apreendida quando ele não estava em casa e o documento foi “vazado fora de contexto” em reportagem da Folha de S. Paulo que denunciou o caso.
Após deixar o governo federal, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Em razão dos atos antidemocráticos de domingo (8), o ex-ministro foi exonerado do novo cargo e teve sua prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira (10), pelas redes sociais, Torres – que estava em viagem de férias nos Estados Unidos – prometeu retornar ao Brasil e se apresentar à PF, decisão não cumprida até o fechamento desta matéria.
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